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Muralhas desnudas
Multiplicam-se no chão
Pedras irmãs desiguais
Multicolores sem fim
Desencadeadas em matizes
Opacidades e brilhos
Tristemente soluçam
Em caos e abandono
Valha-nos poeta suplicam
Transforma-nos em palavras
Agrega-nos com teus sentidos
Edifica-nos em poesia
Expõe-nos em riqueza
Revela-nos ao mundo
Na beleza dos teus versos
Em muralhas desnudas
Ao fim do teu labor
Em teu sublime cansaço
Erguerás tua taça em brinde
Enquanto quieto
Nosso nascedouro
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