quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pout-pourri - Noite Ilustrada, cantor brasileiro

Pout-pourri - Samba

Composição: Vários compositores

Jurei não amar ninguém
Mas você veio chegando, e eu fui chegando também
Daí, seu olhar no meu olhar
Depois, sua mão na minha mão
Na toalha de mesa de um bar
Você desenhou um coração
Quem ama fica cego e nada vê
Escuta mil verdades mas não crê
Vê na pessoa amada a imagem pura da bondade
Embora seja a imagem da maldade
Eu vi mil qualidades em você
Mas hoje, felizmente, sei porquê
É que eu estava cego
Estava sim, não nego
Cego de amores por você

Ela tem 18 anos, eu vou fazer 56
Carrego os meus desenganos
E ela sonha em ser feliz
Imaginem vocês
Isso pode ser amor
Mas pode ser também tudo ilusão, tudo miragem
Ela está no período sonhador
E eu na idade de fazer bobagem

Taí, o samba que você pediu, Marina
Taí, eu fiz tudo e você desistiu, Marina
Taí, meu amor, toda a minha afeição
E você vai me matando, pouco a pouco, de paixão
Saudade, amor, paixão não se controla
Eu dei meu amor a Marina
E a outro Marina vive dando bola
Não é possivel eu viver assim
Marina, você é o princípio do meu fim

Sua ilusão entra em campo
No estádio vazio
Uma torcida de sonhos aplaude, talvez
O velho atleta recorda as jogadas felizes
Mata a saudade no peito driblando a emoção
Hoje outros craques repetem as suas jogadas
Ainda  na rede balança seu último gol
Mas pela vida impedido parou
E para sempre o jogo acabou
Suas pernas cansadas
Correram pro nada
E o time do tempo ganhou

O neguinho gostou da filha da madame
Que nós tratamos de "sinhá"
Senhorita também gostou do neguinho
Mas o neguinho não tem dinheiro pra gastar
A madame tem preconceito de cor
Não pôde evitar esse amor
Senhorita foi morar lá na colina
Com o neguinho que é compositor
Senhorita foi morar lá na colina
Com o neguinho que é compositor

Chorei
Não procurei esconder
Todos viram
Fingiram pena de mim
Não precisava
Ali onde eu chorei qualquer um chorava
Dar a volta por cima que dei quero ver quem dava
Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher lhe venha dar a mão
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima...

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