sábado, 29 de setembro de 2012

Moça Bonita - Geraldo Azevedo, cantor brasileiro



Composição de Geraldo Vandré e Capinam

Moça Bonita

Moça bonita,
Seu corpo cheira
Ao botão da laranjeira.
Eu também não sei se é
Imagine o desatino
É um cheiro de café
Ou é só cheiro feminino
Ou é só cheiro de mulher.
Moça bonita,
Seu olho brilha
Qual estrela matutina.
Eu também não sei se é
Imagina minha sina
É o brilho puro da fé
Ou é só brilho feminino
Ou é só brilho de mulher
Moça bonita,
Seu beijo pode
Me matar sem compaixão
Eu também não sei se é
Ou pura imaginação
Pra saber, você me dê
Esse beijo assassino
Nos seus braços de mulher.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

País Tropical / Spyro Gyra - Jorge Ben Jor, cantor brasileiro

País Tropical
Composição de Jorge Ben Jor e Wilson Simonal
Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)
Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza
Sambaby
Sambaby
Sou um menino de mentalidade mediana
Pois é, mas assim mesmo sou feliz da vida
Pois eu não devo nada a ninguém
Pois é, pois eu sou feliz
Muito feliz comigo mesmo
Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)
Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza
Sambaby
Sambaby
Eu posso não ser um band leader
Pois é, mas assim mesmo lá em casa
Todos meus amigos, meus camaradinhas me respeitam
Pois é, essa é a razão da simpatia
Do poder, do algo mais e da alegria
Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê
Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê
Do meu Brasil
Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza
Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza
Spyro Gyra
Composição de Jorge Ben Jor
Spyro Gyra  é Spyro Gyra
É Spyro Gyra
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
Que plâncton é esse?
Que plâncton é esse?
É Spyro Gyra, é Spyro Gyra
Que plâncton é esse?
Que plâncton é esse?
É Spyro Gyra, é Spyro Gyra
Spyro Gyra é Spyro Gyra
É Spyro Gyra
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
Você sabe o que é um plâncton?
Um plâncton é uma alga
De água doce ou de água salgada
Mas o Spyro Gyra 
é doce
Doce, doce, doce, doce de água doce
Spyro Gyra é Spyro Gyra
É Spyro Gyra
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
Um encontro amoroso
Do zigoto masculino com o gameta feminino
Formam novas células, um fio vegetal
Brilhoso e esverdeado, igual à cor da esperança
Igual à cor da esperança
Spyro Gyra é Spyro Gyra
É Spyro Gyra
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água
É um bichinho bonito
Verdinho que dá na água

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Resposta ao Tempo - Nana Caymmi, cantora brasileira



Composição de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc

Resposta ao Tempo

Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei

Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei

E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos

Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Eu posso e ele não vai poder me esquecer

Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Eu posso e ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Eu posso e ele não vai poder me esquecer


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As vitrines - Nelson Gonçalves, cantor brasileiro

 
As Vitrines - Composição de Chico Buarque

Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir
Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mucuripe - Fagner, cantor / compositor brasileiro

Mucuripe Composição: Fagner / Belchior As velas do Mucuripe Vão sair para pescar Vou levar as minhas mágoas Pras águas fundas do mar Esta noite namorar Sem ter medo da saudade Sem vontade de casar Calça nova de riscado Paletó de linho branco Que até o mês passado Lá no campo inda era flor Sob o meu chaapéu quebrado O sorriso ingênuo e franco De vinte anos de amor Aquela estrela é dela Vida, vento, vela Leva-me daqui

Contatos imediatos - Altamiro Carrilho, flautista brasileiro

Alguém Como Tu - José Eduardo Pontes, tocador de cavaquinho, brasileiro




Alguém Como Tu – Composição de José Maria de Abreu e Jair Amorim

Alguém como tu,
Assim como tu,
Eu preciso encontrar
Alguém sempre meu
De olhar como o teu
Que me faça sonhar
Amores eu sei
Na vida eu achei e perdi...
Mas nunca ninguém desejei
Como desejo a ti
Se tudo acabou
Se o amor já passou
Há de um sonho ficar
Sozinho estarei
E alguém eu irei procurar
Eu sei que outro amor posso ter
E um novo romance viver
Mas sei que também
Assim como tu mais ninguém

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Aquarela do Brasil - Sebastião Tapajós, violonista brasileiro


Aquarela do Brasil - Versos de Ary Barroso

Brasil
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ó Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
Ó Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim
Ah, abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do serrado
Bota o Rei Congo no congado
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a Sa Dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim

Brasil
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
Ó Brasil, verde que dá
Para o mundo se admirar
Ó Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim
Oh, esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil, Brasil
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil, brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, Brasil,
Pra mim, pra mim





sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Regalame esta noche - Isabelle, cantora peruana

Bésame mucho - Tania Libertad, cantora peruana

Malagueña Salerosa - Nana Mouskouri, cantora grega

Versos trasladados (IX) - Mario Quintana

AH! OS RELÓGIOS
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mario Quintana - A Cor do Invisível

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Versos trasladados (VIII) - Florbela Espanca





Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No mist'rioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

Versos trasladados (VII) - Florbela Espanca

Anseios

Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!

Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!...
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!

Não estendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!...

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Versos trasladados (VI) - Luiz Manoel Ferreira Maia

Janeiro, 2010

 
O bufão e o rei

Meu cantar espanta meus males
Minha voz imita tenores
Barítonos
Vez em quando menestréis

Sou um fingidor
Porque nego a emoção
Dos versos que lanço ao vento

Minto
Na verdade do poeta
Tenho voz dissimulada
Ao falar da minha dor
Ao revolver minha saudade

O bufão me adorna
Com espalhafatos

Seus guizos
Agitam minha alma em risos

O rei me empresta
Sua majestade

Cada qual é a metade
De dois fanfarrões em festa


Um pirueta e dança
Finge alegria
Em dores de amores

Desajeitado
O outro requebra os quadris

Aplaude
Em rasgos abobalhados
Volteia e pede bis

Entreolham-se em caretas
Da alma lavam as agruras

Bufão e rei
São eles as mesmas figuras
Passaram por onde andei
Mesmo chão em que amei
Nos romances de operetas

Num palco de incertezas
Fazem pouco das tristezas
Em máscaras tragicômicas

Na verdade espantam seus males
Dizem cantando que eram
Comigo tão parecidos

Ou ainda
Somos iguais e fingidos

Bufão e rei comparados
À minha direita ou esquerda
Em risos lamentam a perda
De tesouros não encontrados

Do livro "Universo e Vida" ´Poesia e prosa

Versos trasladados (V) - J. G. de Araújo Jorge

" Chegas..."  
Chegas, e de repente eu me pergunto
como pude ser poeta antes de ti,
antes de nossas horas encandeadas...
Como pude escrever coisas que agora
me parecem belezas mutiladas...

Chegas, e de repente me surpreendo
de que ainda haja surpresas para o amor,
marcado como estou da cicatrizes...
Eu que escrevera um dia amargurado:

"agora, em meu caminho, só reprises"...

Chegas, e eu adolesço de alma e corpo
e de repente, num verão que abrasa
como nunca pensara nem supus,
sou todo novos ramos, verdes ramos,
sou todo sol numa eclosão de luz...

E nesta ânsia de amor que me sufoca
que te sufoca como uma onda, e cresce,
e invade tudo, e é o tema de meu canto,
só um desespero surdo me consome:
é perceber quanto perdemos, quanto...

E me deixar a imaginar a vida
que não viveste, mas que te manchou
com a lembrança de inúteis pensamentos,
esta vida afinal que eu nem sabia
e agora solto como um lastro aos ventos...

Jogo aos ventos, enquanto ascendo, e vejo
em teus olhos um mundo de ninguém
e uma paisagem que ainda está sozinha...
Oh! meu amor, tudo é começo e é novo
agora que sou teu e te sei minha....

Um mundo de que nunca suspeitara...
e eu que falava em mundo antes de ti,
como se antes de ti pudesse ser...
E eu que falava em vida antes de amar-te,
e eu que falei de amor, sem nada ter...

Chegas. E de repente me pergunto
que amor é esse que existiu sem ti?
Que flores? Se não houve primavera...
Ah! nascemos agora, um para o outro,
e antes, não fomos mais que vã espera...

Antes, não fomos mais que espera vã...
E agora que existimos neste amor,
penso, que se afinal não te encontrasse,
o amor teria sido uma palavra,
uma palavra inconseqüente e fútil,
nada mais, nada mais que uma palavra;

e outra palavra a vida, e só palavras
todo o meu canto... e esse caminho inútil...
( Poema de JG de Araujo Jorge
do livro"A  Sós..." 1a ed. 1958 )

domingo, 16 de setembro de 2012

Versos trasladados (IV) - Gibran Kahlil Gibran

Os Filhos
(Do Livro "O Profeta")

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
...
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
 
Gibran Kahlil Gibran

Versos trasladados (III) - Gibran Kahlil Gibran

Amai-vos...

Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.

Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.
...


Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,

mas deixai
cada um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.

Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.

E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.

Gibran Kahlil Gibran -


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Versos trasladados (II)

Setembro, 2007

AMOR COM AMOR SE PAGA

Segui o velho ditado - Quem tem boca vai a Roma
Perguntei aqui e alhures onde era tua morada
Apontaram-me um chalé na vila Dá Cá e Toma:
- Vês o portão amarelo? Adiante daquela sacada?

Fui procurar-te, inconformado, em teimosia,
Não devemos, me disseras, considero-te amigo
Arrependo-me - afirmaste - ao fugir do meu abrigo
Onde o amor não escasseia e me ofertam em primazia

Ousado a esgueirar-me por debaixo da janela
Olho para dentro de tua casa e, espanto meu
Teu esposo lá estava, - fui saber - era Romeu

Meu amigo, - pensei - então és tu marido dela
Porém, não lhe vejo a mulher, onde será que se meteu?
Outra está em seu lugar - Oh, céus! A julgada amor só meu

(Do livro Universo e Vida – Poesia e Prosa)
 Luiz Manoel Ferreira Maia)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Fim de semana - Luiz Manoel Ferreira Maia


Rumo à ilha. 
Mosqueiro. 
Porção de terra cercada de paixões. 
Céu azul, praia, ondas de bordas cintilantes ao sol. 
Espumas invasoras em castelos de areia. Pés descalços. 
Ar não poluído. 
Bosque. Gorjeio de passarinhos. Flores. Redes atadas à sombra. 
Saudades ao vento que vem do mar. 
Velas coloridas enfunadas de desejos. 
Café ao ar livre, tapioca, coco, manteiga. 
Jogos. 
Assado na brasa. Grãos de farofa nos beiços. 
Gelada nos copos, colarinho médio. 
Chuveiro no quintal, água fria de poço.
 Passeio ao luar. Orlas de sonhos. Trapiche de magias. 
Calçadas de reencontros. Bancos de confidências. Coreto de lembranças. 
Música. Dança. Espírito cantarolante. Alegria. 
A vida é bela, melhor em boa companhia. 
Tacacá, caruru, maniçoba. 
Sorvete, açaí, cupuaçu, graviola, mangaba, bacuri. 
Delícia. 
Praia Grande, Farol, Chapéu Virado, 
Murubira, Ariramba, São Francisco, Carananduba, Marahu.
Paraíso.

sábado, 1 de setembro de 2012

Desminta se for capaz - Luiz Manoel Ferreira Maia

Curtos diálogos em único tema
1
Toda sexta na Portuguesa com certa fulana
Mentira!
O taxista acabou vazando essa
2
Mandou bilhete, tua conta foi paga
Mentira!
Mentira não se diz nem se escreve
3
Disseste que sou safado e minha mãe... 
Mentira!
Safado até relevo, fidapu não
4
Tava dirigindo bebão
Mentira!
O carro tá todo amassado
5
Vive em maracutaias, doido por uma propina
Mentira!
Até contratou alfaiate pra fazer suas cuecas
6
Levou a mulher pro ricaço, é artista
Mentira!
Gigolô e vigarista
7
Falsifica assinatura há muito tempo
Mentira!
Da diretora no boletim foi a primeira
8
Dentro do carro ela faz miséria
Mentira!
O flanelinha tá cansado de ver
9
Deve e não paga a ninguém
Mentira!
Conhecido como Seu Madruga
10
Tem um arsenal de bombas na casa
Mentira!
O vizinho já se mudou