domingo, 29 de novembro de 2020

Caiu a ficha

Olá amigos e amigas visitantes
Novembro termina e este blog segue devagar como um rio de fraca correnteza. Tenho alguns vídeos para postar, mas ainda estão incompletos, em rascunho. Para fechar o mês, decidi pela postagem de uma pequena crônica que escrevi e publico na tentativa de distrair vocês. Um abraço a todos.

Caiu a ficha

    Ainda ouço, se bem que não tão usual agora, a exclamação: ”Meu Deus, caiu a ficha”, porque se há pouco tempo era corriqueira, hoje está defasada. Caiu a ficha diz-se do momento em que alguém consegue atinar com a evidência de um fato, com o óbvio, com uma verdade vindo à tona.
    Da juventude atual, poucos irão lembrar-se da utilidade dos orelhões e das fichas enfiadas em seus cofres para se conseguir um sinal de ligação telefônica. Sinal que se ouvia depois da queda da ficha. Isso agora é passado, recente, mas já passou. Menino de hoje, se encontrar em seu caminho um orelhão esquecido e teimosamente em pé no chão, vai perguntar: O que é isso? Claro, vai achar muito estranho aquele cascão grotesco, orelhão de animal pré-histórico usado pelos parentes mais velhos para falar com outra pessoa através de um fio. Algum adulto teria que explicar-lhe que nesse tempo ainda não existia o telefone celular, ou telemóvel como se fala em Portugal. Ainda assim o menino não entenderia e se voltasse no tempo para ver o orelhão em uso, diria: Pra que todo esse aparato com uma fila de agoniados, todos com pressa para falar ao telefone, alguns conferindo no relógio de pulso o tempo da espera, xingando, reclamando da péssima oferta de um serviço público essencial? Por que não usam um celular, muito mais cômodo e prático?
    Na verdade esse tempo já se foi, mas a expressão caiu a ficha pode ainda valer hoje se referir-se à ficha que cai e abre a gaveta da mesa de bilharito ou do pebolim comercial nos bares e botecos espalhados Brasil afora. Mas só quem conhece esses ambientes sabe disso. .

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Irei a Belém do Pará - Pedrinho Cavalléro / Arthur Espíndola, cantores brasileiros


Irei A Belém Do Pará

Composição: Osvaldo Oliveira (Vavá da Matinha)

Uma boa caranguejada
E um banho de água doce
Lá no rio Guamá
Se Deus quiser este ano
Eu irei a Belém do Pará
Quero lembrar minha infância
Chorar de alegria
Quando meu pai me abraçar
Pegar uma canoa no rio Apeú
pra com a turma pescar
Vou também a Curuzu
ver Remo e Paysandu
É o nosso Fla Flu que tem lá
Se Deus quiser este ano
Eu irei a Belém do Pará
Quero passear em Soure
Rever meus amores
Que ainda existem por lá
Ver os caboclos a dançar
Carimbó e lundu
Até amansar
Ouvindo a maior potência
Daquele sonoro fazendo
A turma merengar
Se Deus quiser este ano
Eu irei a Belém do Pará
Quero passar quinze dias
No mês de outubro
Na Festa de Nazaré
Acompanhar a trasladação
Do arraial a Praça da Sé
Depois no fim da festa comer
Maniçoba e beber um bom tacacá
Se Deus quiser este ano
Eu irei a Belém do Pará
Vou visitar meus amigos
De todas as rádios
que tocam minha gravação
E passar uma noitada com
Tio e Nequinha
Lá na Cremação
Depois vou chamar
 AntenorBianor e Chaguinha
E Vaico Com seu violão
Pra terminar no saqui
No Telégrafo
No Mangueirão