terça-feira, 28 de outubro de 2014

Antes E Depois - Luiz M F Maia


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Antes E Depois

Separamos tempos desde
Nosso primeiro encontro

O antes eram páginas
Desenhadas duas fontes

No depois jorra o amor
Copioso a cada aurora.

Dois córregos no antes
Águas juntas ondulantes
Um rio somos agora

Agora somos um rio
Somos águas destinadas
Ao mar vamos embora
Em curso deveras assim

Somos rio caudaloso
Sobre o leito pedregoso

Somos agora um rio
Águas que saltam o vazio

Vamos embora assim
Ao mar vai nosso rio
Amar-nos é o nosso fim

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Um Ser De Luz - Mariene de Castro, cantora brasileira

Um Ser De Luz 

Composição: João Nogueira / Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro
Um dia
Um ser de luz nasceu
Numa cidade do interior
E o menino Deus lhe abençoou
De manto branco ao se batizar
Se transformou num sabiá
Dona dos versos de um trovador
E a rainha do seu lugar
Sua voz então a se espalhar
Corria chão
Cruzava o mar
Levada pelo ar
Onde chegava espantava a dor
Com a força do seu cantar
Mas aconteceu um dia
Foi que o menino Deus chamou
E ela se foi pra cantar
Para além do luar
Onde moram as estrelas
E a gente fica a lembrar
Vendo o céu clarear
Na esperança de vê-la, sabiá
Sabiá
Que falta faz sua alegria
Sem você, meu canto agora é só
Melancolia
Canta meu sabiá,
Voa meu sabiá,
Adeus meu sabiá
Até um dia


sábado, 18 de outubro de 2014

Muralhas Desnudas - Luiz M F Maia

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Muralhas desnudas

Multiplicam-se no chão
Pedras irmãs desiguais

Multicolores sem fim
Desencadeadas em matizes
Opacidades e brilhos

Tristemente soluçam
Em caos e abandono

Valha-nos poeta suplicam
Transforma-nos em palavras
Agrega-nos com teus sentidos

Edifica-nos em poesia
Expõe-nos em riqueza
Revela-nos ao mundo

Na beleza dos teus versos
Em muralhas desnudas

Ao fim do teu labor
Em teu sublime cansaço
Erguerás tua taça em brinde

Enquanto quieto
Nosso nascedouro

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Saudações Intermitentes - Luiz M F Maia


Saudações Intermitentes

Escuta em tua breve passagem a saudação
Que a ti fazem as folhas que meneiam ao vento
Ó homem insensível à beleza que te envolve!
Em suas sombras aninham-se cantores
Com seus harmoniosos gorjeios
Para despertar tua alma à contemplação
Do mundo natural do qual és parte
E por desvios de tua razão tentas negar esse elo
Cedo ou tarde retornarás a cavalgar sobre as brisas
Verás que teu poder é transitório
E nunca entenderás sua origem

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Pranto Dos Meus Olhos - Banda Violão de Ouro, brasileira

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O Pranto Dos Meus Olhos

Composição: Neco / J Pereira

águas correm para os rios 
Os rios correm para o mar 
As águas correm para os rios 
Os rios correm para o mar 
Só o pranto dos meus olhos eu não sei 
Não sei onde vai parar 
Só o pranto dos meus olhos eu não sei 
Não sei onde vai parar 
Chora toda natureza 
No inverno e no verão 
Só não chora neste mundo
Quem não tem um coração 
As águas correm para os rios 
Os rios correm para o mar 
Só o pranto dos meus olhos eu não sei 
Não sei onde vai parar 
Só o pranto dos meus olhos eu não sei 
Não sei onde vai parar 

domingo, 5 de outubro de 2014

Soneto Para a Virgem de Nazaré - Luiz M F Maia

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SONETO PARA A VIRGEM DE NAZARÉ

Ó Senhora, ao passardes nesta estrada
de Nazaré, rua nossa e muito vossa
Com o coração tão puro, o quanto possa
Quero saudar-vos, Virgem Mãe Imaculada!

Estar descalço, na humildade do romeiro
Ser caboclo com alma de menino
Não me falte a voz ao vosso hino
Relembrado em toda parte o ano inteiro

Ave Maria de Jesus amado
De todas as mães tendes vós filhos ao lado
A proclamar, deste povo sois o Lírio

De suave perfume em graças derramado
Sobre as terras e as águas, sobre o verde abençoado
Sobre o imenso rio de gente, vosso Círio