sábado, 18 de janeiro de 2014

Todo Novo Dia É Um Dia Novo - Crônica de Ida Lenir



Todo novo dia é um dia novo

Hoje acordei com um gosto amargo na boca e uma preguiça de dar dó. Tudo por causa de dois caranguejos, alguns goles de cerveja e muita farofa com vinagrete. A mistura deu nisso e me exige uma dieta light para compensar os excessos da noitada.

Corpo e mente lentos propiciam reflexões nostálgicas. Ainda mais em época natalina. Talvez por isso tenha caminhado, em sonhos, pela Goiânia de minha infância, sentindo vividamente o cheiro da poeira que inundava o ar durante o ano todo. Invadiu-me uma saudade imensa daquela menina sonhadora, cheia de esperança e vitalidade, que acreditava ser capaz de mudar o mundo.

Não sei onde me perdi e me tornei essa pessoa tão enquadrada e conformada, tão presa aos aspectos materiais da existência. Embora a ânsia de viver e transgredir estejam intactas no fundo de minh’alma. É uma luta diuturna entre o dever e o querer, em que o primeiro ganha sempre. Cidadã exemplar.
Ida Lenir

Entendi que a vida é isso, uma batalha interna diária de pequenas e grandes decisões pessoais sobre o outro, sobre mim e sobre a relação entre nós, em que, apesar de não parecer, surge algo novo, em que o velho se repagina e faz sentido. Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter…

É preciso alimentar as utopias, sonhar com elas. É preciso querer o devir, planejá-lo e projetá-lo bem adiante. É preciso ter paciência para esperar com determinação para realizar.

É preciso, acima de tudo, estar feliz com o agora, com o que sou, conquistei e construí.

Olhar para trás, como aprendizado; olhar para frente, com esperança; e entregar-se ao gozo do instante.

Porque todo novo dia é um dia novo para recomeçar. Enquanto fluir o dom da vida.

Fonte: http://diariodeumamulherdespeitada.wordpress.com/


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