terça-feira, 9 de outubro de 2012

Círio, o Natal dos Paraenses


Há muito tenho pensado sobre essa sentença, surgida não sei quando e tampouco por quem dita pela primeira vez. Somos livres em nossos conceitos que podem ou não alçar voo, alcançar distâncias e ecoar um sem número de vezes.  Creio que essa expressão é dita em ufanismo a um evento religioso que se reveste de grandiosidade e todos os paraenses disso são conscientes, incluindo-se os que professam credos diferentes do catolicismo, pois ninguém pode negar o que é incontestável. O Círio de Nazaré é um evento religioso marcante, grandioso em devoção e demonstração da fé católica. Creio que se pretendeu com a ideação da frase, fazer um comparativo em importância, sobretudo em significação religiosa. Porém, a meu ver, embora com a intenção de equiparar, é uma expressão que não traduz fielmente o pensamento de muitos, porque Natal e Círio de Nazaré são festas religiosas distintas e com essa afirmação parece que pretendemos um Natal exclusivamente paraense a nos outorgar um privilégio sobre os demais católicos. Creio que nunca pretendemos nenhum privilégio, basta-nos como paraenses a força da nossa fé em Nossa Senhora de Nazaré, Padroeira da Amazônia e nosso ânimo em comemorar em cada outubro o Círio como um dia especial dedicado à mãe de Jesus Cristo. No meu entendimento então, é isso, a Festa do Círio é o povo em devoção nas ruas de Belém. Se bem explico, em devoção e não adoração.
O Natal é um acontecimento comemorado em todos os quadrantes do globo terrestre. Se o Círio é uma festa que se faz pelas calçadas, o Natal é uma festa de aconchego familiar, faz-se dentro dos lares cristãos em regozijo ao nascimento do Cristo Salvador. Daí o meu pensar sobre a impropriedade da expressão título desta crônica.        

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